09/11/2022 |
9 DE NOVEMBRO: Sindicato homenageia os metalúrgicos na greve de 1988 e avalia a luta atual |
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Passados 34 anos da histórica greve de 1988, que reuniu e unificou milhares de trabalha-dores da CSN, a direção do sindicato resgata momentos marcantes e presta simbólica homenagem aos metalúrgicos: Willian, Walmir e Barroso, mortos durante o conflito pelo Exército Brasileiro. Assim como faz um paralelo da luta sindical na atualidade. A greve reivindicava reajuste salarial com base no índice de inflação divulgado pelo DIEESE, estabilidade no emprego, jornada de trabalho de 40 horas semanais, readmissão dos demitidos em 1987, isonomia salarial, instauração de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) eleita pelos trabalhadores, reconhecimento dos repre-sentantes sindicais, fim da perseguição à atividade sindical e divulgação do Sistema de Cargos e Salários da empresa, entre outros direitos. Em 7 de novembro começou a paralisação e, após um confronto com a Polícia Militar, os trabalhadores tomaram o controle da empresa. A direção da CSN solicitou na Justiça a reintegração de posse e a intervenção do Exército como forma de solucionar rapidamente a questão. E no dia 9 de novembro, o Exército e a PM começaram a dispersar a população no bairro de Vila Santa Cecília e invadiu a empresa, procurando retomá-la. E, em meio à ação militar, três operários foram mortos pelas forças de segurança: Carlos Augusto Barroso, Walmir Freitas Monteiro e William Fernandes Leite, além de outros feridos. Hoje, o movimento sindical enfrenta um contexto bem diferente, caracterizado pela des-politização e desmotivação no meio dos trabalhadores, influenciado pela ofensiva neoliberal e desmobilização da mídia e outras fontes de desinformação a serviço do patriarcado. Mesmo diante desse quadro, agravado com a reforma trabalhista, que prejudicou bastante as negociações e a atuação sindical, as ações do sindicato têm tido uma postura ostensiva nas tratativas com as empresas, em busca de acordos salarias que respondam às expectativas dos metalúrgicos, com garantia dos empregos e com melhoria na qualidade de vida das famílias na região. Foram inúmeros acordos fechados com reposição salarial, manutenção de direitos e alguns avanços sobre a saúde e segurança. Esse compromisso vem se confirmando ao longo dos anos e deverá continuar se reafirmando. |
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